Polícia faz “Operação Padrão” e não descarta greve em PE

Com a divulgação de que Estado já teve mil homicídios em três meses, policiais civis apontam falência do Pacto pela Vida

Do IG

Segundo o presidente do sindicato, a Operação não é propriamente uma greve, mas um “obedecer rigoroso às regras” da corporação. “Não vamos fazer uma Polícia de improviso, como temos feito. Para fazer condução de presos, por exemplo, só sairemos com dois policias por preso. Temos caso de uma dupla de policiais transportar três detentos”, apontou Cisneiros. Colete sem validade, sucateamento de equipamentos para investigação e falta de profissionais também são citados pelo sindicato como problemas gritantes e a falência do Pacto pela Vida.

Na segunda-feira, a “Operação Padrão” será iniciada após a apresentação de dossiê, na sede do Sindicato, às 15h. Segundo o Sinpol, diversas delegacias estão fechando em todo o Estado, à noite e durante os finais de semana, por ausência de policiais. “Em Abreu e Lima, há cerca de 300 inquéritos sobre os saques do ano passado (durante a greve da Polícia Militar) totalmente parados. Não tem investigador suficiente. Em Carpina, os homicídios duplicaram porque a delegacia está fechando em alguns horários”.

Áureo Cisneiros disse que a categoria lastima o crescimento da violência, mas já previa o dado. Nesta quarta (1º), o não abastecimento das viaturas da Polícia Civil também foi denunciado pelo Sindicato; problema já resolvido no próprio dia da denúncia, após intervenção da chefia da Polícia. Porém, outros dificuldades básicas, como falta de água e material de higiene nas delegacias, continuam a incomodar a categoria.

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