Prêmio de “Mulher do Ano” à Anitta cria indignação entre internautas
Para internautas a professora Heley de Abreu, morta ao salvar crianças de incêndio da creche em Minas Gerais é a merecedora do prêmio
Por André Luis
Após o anuncio da eleição da cantora Anitta como mulher do ano no “Prêmio GQ Brasil Men Of The Year 2017”, promovido pela Revista GQ Brasil, uma verdadeira enxurrada de comentários contestando os critérios para a escolha, invadiram a web.
Indignados, internautas questionam os critérios para a escolha através de suas redes sociais. Para a grande maioria a professora Heley de Abreu, morta ao salvar vários alunos do Centro de Educação Municipal Gente Inocente, em Janaúba, Minas Gerais durante o incêndio criminoso, no dia 5 de outubro, provocado pelo vigilante Damião Soares Santos, de 50 anos, matando 12 pessoas e deixando mais de 40 feridas.
Para alguns o prêmio comprova a inversão de valores do qual sofre o país, para outros os critérios para a escolha deveriam ser mais rigorosos e há também aqueles que defendem a escolha da revista.
Em dos comentários um internauta escreveu: “Anitta, mulher do ano? Vejam como a nossa sociedade é estranha. A revista GQ acabou de premiar como mulher do ano a Anitta. Nada contra a cantora, mas esquecer da professora Heley de Abreu Silva Batista, 43, que morreu depois de salvar crianças de um incêndio na creche em que trabalhava, em Janaúba (MG), é mais do que perder uma oportunidade para prestigiar a educação do Brasil, é tripudiar sobre uma pessoa que deu sua vida (sem deixar sua família com tubos de dinheiro) pela educação”.
Outro internauta chama para uma reflexão: “Para a mídia Anita foi a mulher do ano, mas com certeza, a mulher do ano para 99,9999 dos brasileiros foi a professora Heley de Abreu Silva Batista, que deu sua vida para salvar as crianças do incêndio na escola em que lecionava! Quem da sua vida para salvar o próximo, merece todas as homenagens sem nenhum resquício de dúvida! Parem um pouco para refletir sobre isso”.
Em outro comentário outro internauta questiona a revista: “Por que? Alguém da QG poderia vir a público explicar? Quem foram as adversárias? Tinha médicas, politicas, criadoras de ONGs, cientistas, e outras tipo…tinha mulher de verdade concorrendo?”
E você, o que pensa sobre o assunto?