Presidenciável, Meirelles assume negociação do ajuste fiscal com o Congresso
Temer sai de cena após Câmara barrar 2ª denúncia da PGR
Para ter apoio do Congresso, será cobrado a abrir os cofres
Ministro tentará agradar aliados e manter contas em ordem
O Planalto avalia que Michel Temer (PMDB) não precisa mais se expor no “toma lá, dá cá” com o Congresso depois que foi barrada a 2ª denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República).
Cabe agora ao ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência, Henrique Meirelles (PSD), decidir o quanto ceder na negociação com congressistas para aprovar medidas de ajuste fiscal e a reforma da Previdência.
Meirelles precisa, para sua campanha, aprovar a reforma e manter as contas em ordem. Para ter apoio do Congresso, será cobrado a abrir os cofres.
1 EXEMPLO: O FUNRURAL
A bancada ruralista aprovou 1 relatório que dobrou a renúncia fiscal do Refis do Funrural (MP 793) –de R$ 7,5 bilhões para R$ 15 bilhões. A Receita Federal quer vetar o texto, caso aprovado em plenário. Os ruralistas ameaçam votar contra a Previdência, se isso ocorrer.
MAIS ‘DIFICULDADES’
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já alertou Meirelles sobre as dificuldades à frente. O ministro sofrerá pressões dos governistas contra o adiamento do reajuste dos servidores públicos. O governo anunciou uma economia de R$ 5,1 bilhões em 2018 com a medida.
AJUSTE FISCAL
O governo aponta que o pacote de medidas para o ajuste é fundamental para o cumprimento da meta fiscal de 2018, que é de 1 deficit de R$ 159 bilhões. Nos últimos 12 meses, o rombo nas contas públicas alcança R$ 169,9 bilhões.
São duas MPs sobre o tema. Juntas, elas aliviam o Orçamento de 2018 em R$ 12,6 bilhões:
uma das MPs terá o adiamento de reajuste a servidores públicos (R$ 4,4 bilhões) e o aumento da contribuição previdenciária do funcionalismo (R$ 2,2 bilhões). Leia a íntegra;
mudança na tributação de fundos exclusivos (R$ 6 bilhões). Leia a íntegra.