Presidente anuncia saídas de Sheik e diretor e diz que Guerrero “fará falta”

O torcedor corintiano recebeu duas péssimas notícias nesta sexta-feira. E de uma só vez. Durante entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, o técnico Tite e o presidente Roberto de Andrade praticamente deram adeus à dupla de ataque Emerson Sheik e Paolo Guerrero. Ambos, em fim de contrato, não terão seus vínculos renovados pelo Timão. Além disso, o dirigente máximo do clube também anunciou a saída do diretor de futebol, Sergio Janikian.

– Quero dizer que tive uma conversa pela manhã com o Sergio Janikian, diretor de futebol. Pelos últimos acontecimentos, ele não está à vontade no cargo e pediu para sair. Ele é uma pessoa do bem, fico sentido. Ele não quer trazer transtornos ao grupo, para o futebol. Enfim, o Sergio não é mais diretor de futebol do Corinthians a partir de agora. Ainda não deu tempo de pensar em outro nome. Ele está incomodado com outras coisas e precisamos respeitar a decisão dele. Ele não quer atrapalhar nada. A partir de agora, vamos pensar em um outro nome.

Emerson de saída

– Em relação ao Sheik, nós, diretoria, comissão, conversamos com o atleta e achamos por bem não renovar. O contrato acaba em julho, e ele vai seguir a vida dele. O Corinthians agradece muito o que ele fez. Enquanto foi atleta do Corinthians, sempre fez o melhor, resolveu grandes jogos, que entraram para a história do Corinthians, como a final da Libertadores. É muito pouco falar que ele fez dois gols na final da Libertadores. Eu só tenho a agradecer.

E Guerrero?

– Estamos conversando com o Bruno (Paiva, agente do peruano). Aviso que está muito difícil chegar a um consenso. Não é por falta de vontade do empresário, do Corinthians e do atleta. Todos gostariam que ele ficasse. Se não acontecer, que é o mais provável, porque o Corinthians não tem condição de fazer o que ele está pedindo… é um lado comercial que todos temos. Existe um limite em todas as empresas, e o Corinthians tem o dele. O que eu tenho muito claro na minha mente é que o Corinthians não fará loucura ou irresponsabilidade. Chega de contratar, prometer e não cumprir. Não dá para fazer isso. É muito simples aceitar a proposta do Guerrero. Não seria à vista, poderia até ser dividido. Enquanto nós não arrumarmos as finanças, não tenho como assumir. Eu poderia fazer a renovação e no dia de pagar não vai ter. Enquanto eu estiver aqui, vou lutar com as minhas forças para que isso não aconteça. O Corinthians não deve salário a ninguém, nem ao mais simples funcionário. O que tem são luvas divididas e premiações. Estamos correndo para saldar.

Mais sobre Guerrero

– Gostaria muito de poder fazer, mas a situação que se encontra hoje, pela economia, pelas receitas menores, não tem como assumir compromisso. Ele é um jogador de alta qualidade. O único motivo que não fará a renovação é a questão financeira. Conversamos muito ao longo desses meses. Converso com o Bruno (Paiva, agente do peruano) mais do que uma vez ao dia. Tentamos de todas as formas. Entendo o lado do atleta. Com 31 anos, podemos dizer que seria o último contrato dele, todo mundo quer fazer mais caprichado porque a aposentadoria vem em seguida. Eu sinto muito como torcedor e mais ainda como presidente. Seria um presente, mas o Corinthians não pode se comprometer com o valor que não vai ter como pagar. Achei melhor seguir assim. O Corinthians é muito grande, com jogadores qualificados. Vamos sentir a falta dele, mas o Corinthians segue forte para o título brasileiro.

Declarações de Andrés sobre Guerrero

– Ninguém paga a conta com carinho. O fato de ele ter dito isso é porque ele é um pouco mais claro do que eu. O que ele pensa, fala. Eu posso até falar o que penso, mas penso um pouco mais. Ele é mais objetivo. Mas não tem problema, não mudou nada.

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