Presidente da Colômbia anuncia candidatura à reeleição em 2014
Juan Manuel Santos fez pronunciamento em rede de rádio e televisão.
Presidente destacou política de negociação de paz com as Farc
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta quarta-feira (20) que vai entregar às autoridades eleitorais do país, na próxima segunda-feira (25), a carta em que oficializa sua intenção de se candidatar à reeleição em 2014.
“Estou convencido que avançamos o suficiente e que finalmente é possível chegar a esse futuro de prosperidade e de paz que todos os colombianos merecem”, disse o presidente em um pronunciamento em rede de rádio e televisão.
Santos justificou sua decisão de tentar a reeleição para governar até 2018 porque sente que com seu governo, que começou no dia 7 de agosto de 2010, o país conseguiu grandes avanços em temas como as negociações de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e a redução da pobreza e do desemprego e argumentou que essas políticas devem ter continuidade.
“Temos que terminar a tarefa que começamos”, disse o presidente após afirmar que a Colômbia começou a ver “uma luz no final do túnel” e quando isso ocorre “não se dá marcha ré”, nem se pode ficar “na metade do caminho”.
O dia 25 de novembro foi escolhido para oficializar a candidatura porque a lei estabelece que o chefe de Estado, caso queira concorrer à reeleição, deve anunciá-lo seis meses antes. As eleições estão programadas para 25 de maio de 2014.
Após fazer um balanço das conquistas sociais de seu governo e também dos avanços em matéria de segurança, o presidente insistiu várias vezes na necessidade de se “terminar a tarefa”.
Santos dedicou uma parte substancial de seu pronunciamento às negociações de paz com as Farc em Havana e garantiu que a forma de enfrentar os desafios do país “não é só com sangue e fogo”.
“Acho que nós, colombianos, podemos chegar a um consenso sobre qual é o país que queremos. Por isso dialogamos”, acrescentou.
Para Santos, “um presidente que rejeite a opção de se chegar à paz não só seria irresponsável, mas estaria violando o mandato da Constituição e do povo”.
“A opção por mais violência, por mais vítimas, por mais dor para milhares de colombianos, é uma alternativa inaceitável”, ressaltou.
O presidente reconheceu que esperava que as negociações de paz com as Farc, que ontem completaram seu primeiro aniversário, fossem mais rápidas e que se chegasse a um acordo no final deste ano. Apesar de não ter ocorrido dessa forma, Santos destacou que “existem progressos e avanços muito importantes”.
Além disso, anunciou que vai convocar todos os setores que apoiam a paz para trabalhar juntos na “defesa do que foi conquistado até agora e para que as negociações cheguem a um bom termo”.
“Quero continuar liderando as grandes transformações que começamos. Quero governar uma Colômbia que mude do medo para a esperança, do atraso para a modernidade, das divisões para a união, uma Colômbia que pense mais em construir um futuro de que se agarrar ao passado”, manifestou.
Da EFE