Protesto antigoverno reúne milhares no centro da capital da Ucrânia
Pelo menos 70 mil manifestantes pró-europeus tomam ruas de Kiev.
Oposição continua pressionando o governo do presidente Yanukovich.
Cerca de 70 mil opositores ucranianos se reuniram ao meio-dia deste domingo (9) na praça da Independência de Kiev.
O militante torturado Dimytro Bulatov, que está sendo tratado na Lituânia, se dirigiu por telefone aos manifestantes através dos potentes alto-falantes da praça.
“Não temos a intenção de nos render. Iremos mais longe”, disse, acrescentando que falava de um hospital. Os manifestantes responderam com aplausos.
O número de manifestantes era comparável ao de um ato similar convocado na semana passada, mas inferior à multidão que foi vista durante os grandes protestos de novembro, dezembro e janeiro.
A Ucrânia atravessa a crise política mais longa de sua história, e o centro da capital está ocupado há 80 dias por manifestantes e cercado de barricadas. A oposição pede a saída do presidente Viktor Yanukovitch.
Outros dois opositores que foram vítimas de violência, entre eles a jornalista Tetiana Chornovol, se dirigiram aos presentes no início desta manifestação.
Igor Lutsenko, sequestrado e espancado junto com outro opositor que foi encontrado morto, disse que “os sequestros e torturas não deram resultados. Chornovol, eu mesmo e Bulatov não nos renderemos”, disse.
Alerta antiterrorismo
O serviço de segurança estatal da Ucrânia elevou o alerta antiterrorismo, por conta de “ameaças não-específicas” contra instalações sensíveis, como estações de energia atômica, aeroportos, rodoviárias, estações ferroviárias e oleodutos e gasodutos.