PSDB reúne dirigentes estaduais para discutir alianças nas eleições
Encontro pode decidir data de convenção para oficializar candidatura.
Maior problema está no RJ, onde partido não tem candidato próprio.
O PSDB reúne nesta terça-feira (22), em Brasília, seus 27 diretórios regionais para discutir em que estados lançará candidatos próprios aos governos estaduais e onde dará apoio a outros partidos e lançando candidatos a vice-governador ou senador.
As chapas só serão oficializadas em junho, quando os partidos realizam convenções para registrar as candidaturas.
O encontro deve também marcar uma data para a convenção nacional, que deverá oficializar Aécio Neves (MG) como candidato do partido à Presidência. Atual presidente do PSDB, ele deverá ter seu nome aclamado pelos dirigentes que se reúnem na capital nesta terça.
Na reunião desta terça, os caciques reginais devem levar a Aécio problemas enfrentados para formar chapas competitivas que possam ainda dar a ele palanque durante a campanha presidencial.
Nesta terça, em Ouro Preto, Aécio disse que “em 80% dos estados brasileiros, as alianças estão encaminhadas de forma extremanente positiva”. Algumas unidades da federação, porém, ainda carecem de nomes fortes.
Uma das principais dúvidas está no Rio de Janeiro, onde o partido não encontrou candidato próprio para uma disputa com muitos nomes já colocados. Os tucanos chegaram a cogitar, sem sucesso, o técnico de vôlei Bernardinho e a ex-presidente do BNDES Elena Landau.
“Muito difícil analisar o Rio de Janeiro. Eu acho lá não temos definição nenhuma, estamos no zero”, disse ao G1 o secretário-geral do PSDB, o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP).
Uma das opções no estado é apoiar Cesar Maia (DEM), que pode se lançar contra Garotinho (PR), Marcelo Crivella (PRB), Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Lindbergh Farias (PT). Mesmo ainda sem palanque, Aécio deve contar com o apoio informal do PMDB, cuja bancada de deputados e senadores anda insatisfeita com o governo federal.
Outros estados ainda sem candidato tucano são Amazonas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul. No último, uma possibilidade é apoiar o nome da senadora Ana Amélia Lemos (PP). Em Pernambuco, há acordo para apoiar um nome do PSB do ex-governador Eduardo Campos – também pré-candidato à Presidência – em troca de apoio ao nome tucano em Minas, o ex-ministro Pimenta da Veiga.
Embora ressalve que as chapas só devem ser definidas ao longo de abril e maio, Mendes Thame aposta na “sensibilidade política” de Aécio para avançar com as negociações. “Ele vai receber informação uma a uma, sem intermediários. E dessa vez, contamos com alguém com uma sensibilidade política de quem ouve e já entende tudo da situação”, disse o deputado.