Release: Comunidades sertanejas recebem casas de sementes apoiadas pelo Programa Uma Terra e Duas Águas
Com o objetivo de incentivar as famílias a preservarem suas sementes crioulas e, ao mesmo tempo, a agrobiodiversidade no Semiárido pernambucano, a Casa da Mulher do Nordeste realizou duas oficinas de apoio a casas comunitárias de sementes nos dias 11 e 13 deste mês de fevereiro nas comunidades Baixio e Açude da Porta, municípios de Solidão e São José do Egito, respectivamente. As atividades são apoiadas pelo Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), que a instituição executa via Articulação no Semiárido (ASA-PE), com patrocínio da Petrobras.
Em Solidão, a casa de sementes vai atender cerca de 45 famílias das comunidades de Baixio, São Francisco e Pintada, já em São José do Egito serão beneficiadas as comunidades Riacho de Cima, Fazenda Nova e Pau Leite. “Além da preservação do meio ambiente, as casas de sementes são fundamentais para o fortalecimento da agricultura familiar, garantia da sustentabilidade e segurança alimentar das famílias sertanejas, ressaltando que são as mulheres as principais responsáveis pela conservação das sementes e, portanto, da vida no campo”, afirma Célia Souza, coordenadora do Programa Mulher e Vida Rural da Casa da Mulher do Nordeste.
Presidente do Grupo de Mulheres e vice-presidente da Associação de Barreiros, Solidão, a agricultora Zilda Costa, 48 anos, sabe bem o que significa guardar hoje para ter amanhã. “Na minha casa temos sementes dos anos noventa, já repassamos para outras famílias e, mesmo assim, nunca precisamos comprar nem esperar pelo governo. As chuvas estão chegando e tem muita gente se perguntando como plantar se não tem sementes nem dinheiro? Por isso, o que aprendi com meus pais, ensino a quem quiser ouvir”, diz.
Para a implantação das casas de sementes, o programa fornece a capacitação das famílias, balança eletrônica, prateleiras e bombonas para a estocagem dos grãos, além de material de construção para melhoria física do espaço indicado antecipadamente pela comunidade.
Por Juliana Lima – Assessoria de Comunicação da Casa da Mulher do Nordeste