Sérgio Moro volta a interrogar Emilio Odebrecht, em processo que Lula é acusado de receber propina
Outras nove testemunhas, entre elas os ex-ministros José Eduardo Cardozo, Tarso Genro, devem ser interrogadas pelo juiz nesta segunda-feira.
Do G1
O dono da construtora Odebrecht, Emilio Odebrecht, será interrogado novamente pelo juiz Sérgio Moro, nesta segunda-feira (11), em um processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de receber propina da empreiteira. O depoimento será retomado por decisão do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF4) , que aceitou um pedido formulado pela defesa do político.
O pedido foi feito após a audiência em que Emilio Odebrecht foi ouvido porque, segundo a defesa, o Ministério Público Federal (MPF) acrescentou documentos ao processo que não puderam ser verificados a tempo da primeira oitiva.
Além de Emilio Odebrecht, o ex-executivo da empreiteira Alexandrino de Alencar, também deve ser reinterrogado, pelo mesmo motivo.
Também estão marcados outros nove depoimentos para os períodos da manhã e da tarde. Entre as testemunhas que devem ser ouvidas estão o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro do governo Lula, Tarso Genro.
Todas as testemunhas, exceto Emilio e Alexandrino, foram arroladas pelas defesas dos réus nesta ação penal. O processo apura o suposto pagamento de propina ao ex-presidente por meio de um terreno que teria sido comprado para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
A defesa de Lula nega as acusações, já que a obra do instituto não foi feita e, segundo os advogados, o apartamento é alugado pelo ex-presidente, desde a época em que ele ainda ocupava a Presidência da República.
Neste processo, além de Lula e do ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, são réus o ex-ministro Antônio Palocci e o ex-assessor dele, Branislav Kontic. Os dois são acusados de terem intermediado o suposto pagamento de propina a Lula. Eles negam as acusações.