“Superou as expectativas” – Padre Gilvan falando sobre sua acolhida em Afogados da Ingazeira
Texto e fotos: André Luis
No Debate das Dez desta segunda-feira (06), o novo pároco da Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, Gilvan Bezerra, contou um pouco sobre a sua vida, como surgiu à vocação para ser padre, da sua passagem por outras paróquias da diocese, de seus estudos na Itália e das primeiras impressões do novo lar, que é a cidade de Afogados da Ingazeira.
Inicialmente padre Gilvan disse que ainda não teve tempo de arrumar todas as suas coisas, disse que o início é sempre difícil, mas que também não existe pressa.
Sobre o período de transição, padre Gilvan disse que o fato de ter sido como uma troca, padre Josenildo assumiu a paróquia de Nossa Senhora da Penha em Serra Talhada e ele a Catedral de Afogados, facilitou muito o período, pelo fato da interação que haverá entre os dois com trocas de informações.
Falando sobre a importância do legado de dom Francisco na sua formação, padre Gilvan disse que é baseada nos ensinamentos de dom Francisco.
“Eu diria que o que eu sou hoje como padre, a minha formação, o meu caráter, a minha posição eclesial, exatamente vem de dom Francisco, aprendi muito com ele, escutando o programa dele aqui na Pajeú, todas as terças e sextas-feiras, convivi com ele um bom tempo como padre e era próximo dele”.
Sobre a acolhida em Afogados da Ingazeira, padre Gilvan disse que superou as expectativas, disse que a impressão que se tinha era de que a paróquia da Catedral era de um povo frio: “essa era a ideia que se tinha lá fora, e a gente acaba de certa forma assimilando um pouco essas ideias, mas já ha algum tempo eu venho sentindo esse calor através das redes sociais a gente tem sempre contato com as pessoas e percebe que não é essa a realidade e ontem me superou as expectativas”, disse.
Falando sobre a curiosidade das pessoas acerca do seu estilo de condução, padre Gilvan disse que isto é normal principalmente pelo fato de não ser conhecido pelos paroquianos, visto que atuava mais na região de Serra Talhada, São José do Belmonte e adjacências, disse que realmente tem um ar de seriedade muito grande, mas que é apenas uma casca.
Padre Gilvan afirmou não ter dificuldades de convivência e brincou: “Eu até dizia lá na Penha, olha o fato de ser sério foram vocês que me fizeram assim, porque hoje, tem várias atribuições ao padre, se o padre corta o cabelo, é playboy, se deixa a barba crescer é revolucionário, se o padre não se arruma, é desmantelado, é lambaia, se se arruma é almofadinha, então realmente não se dá para definir padre nesse sentido”.
Padre Gilvan ainda falou mais uma vez que não tem pressa e que quer construir a sua identidade que não é a de padre Josenildo, nem do monsenhor João Carlos Acyoli, nem de dom Egídio, mas sim a sua.
Falando sobre mudanças que pretende fazer na paróquia, padre Gilvan falou que tem algumas, mas que a primeira é a de abrir a Catedral á visitação de fiéis e turistas.
Natural de Santa Terezinha-PE, padre Gilvan é filho de agricultores, tem sete irmãos. Em 1989 foi estudar em João Pessoa, após terminar o seminário foi morar em São José do Belmonte, onde permaneceu por cinco anos, como vigário paroquial, vindo depois assumir outras paróquias no mesmo município até chegar à paróquia Nossa
Senhora da Penha em Serra Talhada, onde teve a missão de substituir o atual bispo da diocese dom Egídio Bisol.
Ouça abaixo na íntegra como foi o debate de hoje: