Surto de salmonela atinge quase 300 pessoas nos EUA

A paralisação do governo americano tem dificultado a capacidade dos inspetores de responder a um surto de salmonela na carne de frango crua que já deixou cerca de 300 pessoas doentes, declarou um porta-voz do Congresso nesta quarta-feira.

“A paralisação realmente algemou essas agências reguladoras e seu papel regulatório adequado”, declarou Eric Walker, porta-voz da deputada Louise Slaughter, à AFP.

“Este é um cenário de pesadelo, não apenas com a paralisação do governo, mas é isso o que acontece quando há um uso excessivo de antibióticos na criação de animais”, declarou.

O surto foi associado ao frango cru de três fazendas da Foster Farms na Califórnia, de acordo com o Centro para a Ciência no Interesse Público (CSPI).

Este grupo de defesa do consumidor também observou que sete cepas de salmonela parecem ser as responsáveis %u200B%u200Bpelo surto da doença, que afetou 278 pessoas em 18 estados.

Um grande número de pessoas foi hospitalizada – 42%, de acordo com o CSPI – e algumas das cepas da salmonela estão mostrando resistência aos antibióticos.

“O número de pessoas que sabemos que estão doentes é apenas a ponta do iceberg”, disse a diretora de saúde alimentar do CSPI, Caroline Smith DeWaal.

“Este surto demonstra que é um momento terrível para os funcionários de saúde pública do governo serem impedidos de entrar em seus escritórios e laboratórios, e para os sites do governo ficarem no escuro”, explicou.

A Foster Farms declarou em um comunicado que nenhum recall está em vigor e que “os produtos são seguros para o consumo se forem devidamente manuseados e cozidos”.

A paralisação do governo americano, que começou no dia 1º de outubro, enviou centenas de milhares de trabalhadores federais para casa sem remuneração, incluindo os funcionários do Centro de Controle de Doenças (CDC), do Departamento de Agricultura e da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA).

Segundo a imprensa americana, o CDC convocou na terça-feira alguns integrantes de sua equipe para reabrir uma rede de laboratórios de saúde pública que monitoram surtos de origem alimentar.

Diário de PE

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