TJPE concede liberdade a vereadores suspeitos de corrupção, em Caruaru
Decisão é do desembargador Gustavo Augusto Lima, da Câmara Criminal.
Dois parlamentares estavam presos e três eram considerados foragidos.
Na tarde desta terça-feira (4), o desembargador Gustavo Augusto Lima, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), decidiu pela liberdade dos vereadores presos e dos foragidos durante a Operação Ponto Final II, em Caruaru, no Agreste. O advogado de defesa, Saulo Amazonas, afirma que “as prisões eram desnecessárias sob vários aspectos, como jurídicos e táticos”.
Os edis Val das Rendeiras (PROS) e Evandro Silva (PMDB) foram presos no dia 29 de janeiro e e levados para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza. Neto (PMN), Jadiel Nascimento (PROS) e Val (DEM) eram os considerados foragidos. Ao G1, à época dos mandados de prisão, Saulo Amazonas disse que os vereadores não tinham se apresentado porque aguardavam posição da Justiça. “Eles estão esperando a decisão do Tribunal com relação ao habeas corpus liberatório e preventivo que solicitamos para que eles não sejam presos”, informou.
Segundo a Polícia Civil, os cinco parlamentares estão envolvidos em outro suposto esquema de corrupção. O delegado Erick Lessa, que preside as investigações, afirmou que a ação funcionou da seguinte forma: “Evandro Silva propôs a criação de uma CPI e, para isso, teria que colher assinaturas para levá-la a plenário. Com isso, ele e os vereadores Val de Cachoeira Seca e Neto teriam pago uma quantia em dinheiro para dois vereadores da situação, Val das Rendeiras e Jadiel Nascimento. A intenção era que eles assinassem o documento. Instaurada a CPI, eles iriam negociar com o Poder Executivo para que o caso fosse arquivado mediante pagamento”. Como foram colhidas apenas oito assinaturas – seis de parlamentares da oposição, e dois da situação – o caso foi arquivado.
Estes e outros outros cinco parlamentares foram presos pela primeira vez no dia 18 de dezembro de 2013 na Operação Ponto Final I. Eles estariam exigindo propina à prefeitura para aprovar projetos.