Tragédia de Poção abre debate para as condições de trabalho dos conselheiros tutelares
No último dia 6 o caso dos três conselheiros tutelares e uma idosa que foram assassinados em uma emboscada na cidade de Poção, cidade distante a 240 quilômetros do Recife, no Agreste de Pernambuco, chocou o estado e despertou a sociedade para as condições em que a classe trabalha.
De acordo com as primeiras investigações da polícia, os três conselheiros tinham ido até Arcoverde, no Sertão, pegar uma criança que vivia com o pai e que, por conta de uma decisão judicial, tinha perdido a guarda do menino para a avó materna da criança, Ana Rita Venâncio. Quando já tinham pegado o menino e estavam entregando-o para a avó, foram surpreendidos e assassinados.
Ontem (10), nos estúdios da Pajeú as conselheiras tutelares de Afogados da Ingazeira, Alani Ramos e Patrícia Carvalho e o Conselheiro de Iguaracy, Sérgio Coelho, falaram sobre as condições de trabalho, os perigos, as ameaças que sofrem e quais serão as ações a serem tomadas para evitar esse tipo de tragédia.
Também falaram sobre ações que acontecerão para homenagear os conselheiros assassinados.
Ouça abaixo na íntegra o que disseram os três ao comunicador Nill Júnior:
É o tipo da tragédia anunciada.
O encargo que os imprudentes conselheiros avocaram para si ou lhes foi destinada pelo juízo da causa é própria do oficial de justiça que em casos como esse envolve litigio recorrem a reforço policial para resguardar sua integridade física.
Houvesse alguma prudência de parte dos conselheiros, teriam declinado da perigosa missão ou recorrido a escolta policial pois não precisa ser adivinho para supor que essa disputa pela guarda da criança, envolveria algum conflito. Seria de se perguntar por qual razão o pai perdeu a guarda do filho em favor da avó materna pois como se sabe, a guarda de filho, na ausência da mãe, naturalmente pertence ao pai.
Lamento pelas mortes, mas pelo menos que sirva de lição.